Olá!
Me chamo Patrícia Figueiredo, mas meus amigos me chamam de Paty.
Quando fui diagnosticada com câncer de mama infiltrante grau 3 em 2014, tinha um salão de beleza especializado em Noivas.
Além de administrá-lo, eu atuava também como Maquiadora e Consultora de imagem pessoal.
Após o Diagnóstico, decidi mudar radicalmente de estilo de vida.
Como toda boa carioca, adoro o mar!
Atualmente pratico remo, corrida, Yoga e funcional.
Mas depois do diagnóstico, mesmo quando ainda estava em tratamento pratiquei natação, pilates, dança,entre outras atividades físicas.
Maquiagem também é uma grande paixão.
E durante todo o meu tratamento foi a minha grande aliada!
Também gosto muito de viajar.
E foi justamente em uma viagem de férias, na Alemanha, em plena Copa do mundo (27/06/14), que descobri que tinha câncer.
Inclusive, assisti o fatídico jogo Brasil X Alemanha de uma televisão do quarto de um hospital alemão, enquanto me recuperava de uma mastectomia radical.
Parece novela! Mas foi exatamente assim…
Como disse, o meu oncologista, na verdade tirei férias pra tratar da saúde (só não sabia disso).
Perdi as férias , mas ganhei minha vida.
Há quase um ano antes de ser diagnosticada, senti um nódulo no seio durante o banho.
Procurei uma mastologista, que me pediu os exames de mamografia e ultrassonografia.
Segundo ela, tratava-se de um nódulo benigno. E apenas teríamos que controlar a cada seis meses.
No entanto, ao chegar na Alemanha de férias, fiquei na casa de uma amiga brasileira , que também teve nódulos benignos.
Mas lá, os médicos agem de maneira totalmente diferente:
Eles sempre fazem biópsia. E, mesmo sendo benigno, retiram o nódulo.
Por insistência dela, marcamos uma consulta com o médico que a atendeu.
Na mesma hora, ele fez uma ultrassonografia e biopsia.
E o resultado saiu dois dias antes da viagem de volta:
Adiei a minha viagem pra fazer a cirurgia no dia 8 de julho de 2014 (durante a copa).
Pois o tumor já tinha 4 cm palpáveis e 8 cm no total.
Fiz uma mastectomia radical com reconstrução imediata e esvaziamento axilar.
Na cirurgia, o médico constatou que eu tinha 3 linfonodos comprometidos.
Isso significava metástase…
Quando me recuperei da cirurgia voltei para o Brasil para dar inicio ao tratamento.
4 ciclos de quimioterapia vermelha, 12 ciclos da quimioterapia branca.
Além de 28 sessões de radioterapia e hormonoterapia por 10 anos.
Quando recebi a notícia que tinha câncer, não conseguia pensar em nada mais.
Só a ideia da morte preenchia o meu pensamento…
E com ela, a sensação de fracasso…
De que ainda não havia realizado a metade do que gostaria.
E que a vida tinha passado muito rápido.
Só pensava que não queria morrer!
O médico que me diagnosticou me falou que eu havia recebido uma má notícia.
Mas a boa notícia, é que “nós” agora conhecíamos o inimigo.
A não ser que era uma doença grave e que matava…
Não tinha nenhum caso na família, não fumava, bebia muito esporadicamente, praticava esportes e me considerava uma pessoa positiva.
Enfim, achava que nunca teria uma doença como essa!
O câncer esfregou na minha cara a arrogância do que é ser saudável.
E jogou mais uma série de outras certezas que eu tinha no lixo…
Eu estava diante da sentença de que o meu próprio corpo estava tentando me matar!?!!!
Ou seria um pedido de socorro?
A prova de que algo não estava indo bem?
Será que de fato o corpo somatiza o que vai no nosso coração?
Mutação genética? Ok!
Mas o que desencadeou isso?
O fato é que não valia a pena me questionar “porque eu” ?
E cá entre nós, por que não eu? O que eu tinha de melhor pra ficar imune?
De uma hora para outra tive que me familiarizar com termos que nunca tinha ouvido antes, como por exemplo:
Linfonodos, esvaziamento axilar, quimioterapia branca, vermelha, hormônio-dependente, etc.
– Câncer é uma doença da alma?
– Como será a minha vida daqui pra frente?
– Como vou contar pros meus familiares?
– Vou sobreviver?
– O que vai acontecer quando eu fizer quimioterapia?
– Será que vou aguentar?
– O que farei quando ficar careca?
Então, comecei a buscar respostas…
Diante do maior desafio que a vida me trouxe, me prometi que se eu tivesse uma segunda chance, eu faria algo que valesse à pena!
Percebi o quanto estava vivendo no piloto automático e havia desperdiçado tempo vivendo em função de agradar os outros.
A visão do mundo, da vida, os valores, as prioridades mudam.
De volta ao Brasil, Fiquei careca três semanas depois do primeiro ciclo da vermelha.
Depois de oito meses fazendo quimioterapia, me acostumei a ficar careca.
E acho que até que fiquei uma carequinha estilosa… rsrsrs
Com a ajuda da maquiagem, encontrei a dignidade que precisava para sair na rua sem sentir vergonha da minha aparência.
Aliás, esse experiência enriquecedora e libertadora me ensinou que não precisamos tentar nos encaixar em nenhum padrão de beleza para nos sentirmos bonitas, felizes e amadas!
A nossa verdadeira beleza aparece quando deixamos a nossa essência brilhar!
Descobrir como me amar estando totalmente fora dos padrões de beleza, me levou a dividir o que aprendi sobre Autoestima com outras mulheres através do meu Programa Câncer com Leveza.
O fato é que desde que fui diagnosticada, minha vida deu uma guinada.
Eu aprendi a desacelerar e a dar valor ao que realmente importa: À família, aos amigos, às pequenas coisas da vida.
Tenho aprendido que precisamos de muito pouco para sermos felizes.

Fechei minha empresa, que administrava há 15 anos.
E que trabalhava em torno de 10 horas por dia, de segunda à sábado.
E me causava muito stress.
Na verdade, não estava satisfeita há muito tempo com meu trabalho,mas empurrava com a barriga por comodismo, pois estava na minha zona de conforto.
Durante o tratamento, que durou 13 meses, decidi tirar um ano sabático para priorizar o meu tratamento, com uma pequena adaptação: Iria viajar para dentro de mim mesma.
Redescobri o hábito da leitura, coisa que me dá um imenso prazer, mas com a vida que levava antes, não tinha tempo.
E o mais legal: voltei a escrever.
Hábito esquecido desde o término da minha faculdade.
Durante o meu tratamento, também fiz um acompanhamento para me conhecer melhor e conseguir fazer todas as mudanças que gostaria na minha vida.
E me apaixonei tanto pela transformação que esse curso causou na minha vida…
Fiz a minha priemeira formação quando ainda estava finalizando o meu tratamento em 2015.
E até hoje, não parei de estudar…
Atualmente, estou cursando uma segunda faculdade de nutrição e finalizando uma Pós graduação em medicia Ayurveda ( indiana).
Hoje dedico a minha História de Vida e Qualificação Profissional para ajudar outras pessoas que estão perdidas no mesmo lugar de escuridão e Dor que eu estive lá em 2014.
Porque quando a gente conhece o caminho das pedras e sabe que existe luz no final do túnel, acaba se sentindo um pouco responsável por amenizar o sofrimento dos outros.
E desse desejo…
De compartilhar todas as informações que eu gostaria de ter tido quando fui diagnosticada, e que me pouparia um bocado de sofrimento, nasceu os meus Programas de Acompanhamento e Mentorias individuais e em grupo:
Hoje vivo uma vida muito mais alinhada com os meus Valores e com quem sou de verdade.
O Câncer, nesse sentido, foi o meu despertar…
O meu Chamado de volta para mim mesma, para a minha essência.
Assim que fui diagnosticada, uma citação do Dalai Lama não saía da minha cabeça:
“O período de maior ganho em conhecimento e experiência é a fase mais difícil da vida de cada um”.
Eu sabia que teria um período tenebroso pela frente.
Mas decidi que diante da rasteira que recebi do destino, não ia permanecer caída.
E portanto,iria aprender tudo não só sobre o Câncer, mas com essa experiência de vida.
Desde o diagnóstico, das cirurgias que fiz, e todo o pacote de tratamentos,recebi o carinho e apoio de muitos amigos e familiares.
E até de pessoas que eu achava que a minha existência não fazia a menor diferença.
Mas também percebi que muitas vezes as pessoas não sabem bem como se comportar, o que falar ou mesmo se devem falar.
A coisa fica meio velada, acho que o câncer ainda é um tabu pra muitos.
Todo o tratamento desde o diagnóstico é muito difícil.
Quem disser que tirou um câncer de letra está mentindo.
Mas acho que pior que os efeitos colaterais, é o estigma e o isolamento que essa doença acarreta.
Muitas das vezes, menos pelos efeitos colaterais e mais pelo preconceito das pessoas.
Muita gente não sabe lidar com um familiar ou um amigo com câncer e por isso se afasta.
Eu realmente acredito que a informação é o melhor antídoto contra o preconceito.
E esse é o motivo que me leva a continuar escrevendo e compartilhando com você DAS COISAS QUE TENHO APRENDIDO.
Recentemente lancei o meu primeiro Livro Físico: “Enfrentando o câncer com leveza”.
Aqui no meu Blog, você irá encontrar conteúdos sobre a doença e o tratamento e, especialmente, muitos artigos sobre a Minha Alimentação Anticâncer, Autoconhecimento, Qualidade de vida, Maquiagem, Autoestima e Motivação.
Eu sei que se você está aqui agora, muito provavelmente você, ou alguém que você ama muito, está vivendo esse momento que foi o mais obscuro da minha vida.
Mas saiba que eu sou a prova viva de que existe muita vida depois do câncer.
Esse Blog é uma semente de esperança, motivação e otimismo que eu quero plantar no seu coração!
Segura a minha mão <3
Paty
Olá!
Me chamo Patrícia Figueiredo, mas meus amigos me chamam de Paty.
Quando fui diagnosticada com câncer de mama infiltrante grau 3 em 2014, tinha um salão de beleza especializado em Noivas.
Além de administrá-lo, eu atuava também como Maquiadora e Consultora de imagem pessoal.
Após o Diagnóstico, decidi mudar radicalmente de estilo de vida.
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