A questão da Libido durante e após o tratamento de Câncer é um tendão de Aquiles na vida da mulherada. Especialmente, as casadas.
Já falei sobre a vida sexual após o tratamento de câncer em outros artigos, mas essa é uma questão sobre a qual ainda há muito o que ser dito!
Eu sei como é, também já passei por isso. Parece que a ‘vontade’ da gente fica animada como se fosse um domingo chuvoso e gelado à tarde: só quer ficar escondida debaixo da manta. Hi!Hi!
Hoje entendo quando, na primeira consulta, meu oncologista me perguntou se eu era casada e quando respondi que era solteira ele respondeu:
Graças a Deus, Paty! menos um problema para você administrar!
Mas calma aí, que trago boas notícias!
Nesse Artigo, vou te contar o que acontece com o seu corpo e que leva a essa libido baixinha.
E como é que você vai conseguir driblar essa questão e ter uma vida sexual ainda melhor do que tinha antes.
Vem comigo que o papo vai ser gostoso!
Como o tratamento do câncer afeta a sexualidade
Os tratamentos mais comuns para o câncer são a cirurgia, a radioterapia, a quimioterapia e a terapia hormonal.
Esses tratamentos podem ter efeitos sobre sua sexualidade, porque muitas vezes afetam:
- Seus sentimentos
- A produção de hormônios responsáveis pela resposta sexual
- A capacidade física de dar e receber prazer através do sexo
- Sua imagem corporal e autoestima
- Seu papel social e seus relacionamentos
Mesmo tendo ciência do impacto que pode ocorrer, prever como o tratamento contra o câncer afetará você é muito difícil. Cada organismo funciona de maneira diferente, assim como cada uma de nós encara o câncer de uma maneira diversa.
E a gente não tem botãozinho de liga e desliga, não é mesmo?
Mesmo antes do câncer, nosso estado de ânimo e as alterações hormonais já eram capazes de afetar o desejo sexual!
Falando português claro: – Quem é que consegue sentir tesão sabendo que tem Câncer?
O fato é que cada um dos tratamentos tem suas características que impactam sobre a sexualidade.
E um tratamento de Câncer não é um tratamento de gripe que em uma, duas semanas você está bem.
O tratamento é longo e por isso, quando estamos em um relacionamento ,essa questão da libido tem um peso maior.
Vamos ver como é que isso funciona.
Quimioterapia
A quimio pode chegar a causar certos danos nos ovários e levar a alterações hormonais. Inclusive, a menopausa (temporária ou permanente) pode surgir.
E sim, independente da idade, sentimos absolutamente tudo o que uma mulher que está na menopausa sente. Inclusive baixa libido.
Radioterapia
A radioterapia na região pélvica também pode ter efeitos sobre os ovários. Também é possível que ela irrite a delicada pele que reveste o interior da vagina, fazendo com que você note lubrificação já não é o que era antigamente.
Também é possível que se formem espécies de cicatrizes nas paredes vaginais, diminuindo sua capacidade de expansão e fazendo com que a penetração possa ser um pouco dolorosa.
Cirurgia
A cirurgia relacionada ao câncer em região pélvica pode remover partes ou o total dos órgãos sexuais. A produção de hormônios de resposta sexual é afetada com isso, claro. Afinal, eles são produzidos através desses órgãos.
Quando o câncer é de mama, o resultado pode ser visível mesmo, quando se trata de cirurgia de remoção. Mesmo sem uma remoção completa do seio, ainda é possível que você note alterações na sensibilidade.
Há mais casos: Uma cirurgia intestinal ou da bexiga, às vezes, inclui um estoma – abertura lateral no abdômen para a coleta de resíduos em um saco plástico descartável.
E, vamos ser honestas, esses sinais visíveis geram mesmo uma insegurança com a nossa aparência.
Medicamentos e hormonoterapia
Medicamentos usados no tratamento do câncer como o Tamoxifeno, Anastrozol e afins, também podem diminuir o desejo sexual, a lubrificação vaginal ou mesmo dificultar que você atinja o clímax.
E a hormonoterapia, como o próprio nome diz, afeta diretamente os hormônios. Fica tudo muito louco lá no organismo!
O problema maior de que faz hormonoterapia é que em teoria o tratamento acabou ( pelo menos a parte mais pesada dele) e aí, o marido, namorado ou crush vai ter dificuldades em compreender a sua falta de tesão.
Até porque o tratamento de hormonoterapia dura entre 5 e 10 anos e aí, não há cristão que entenda isso, né?
E vamos combinar que também é muito chato a gente se sentir assexuada.
Hormônios sexuais e o tratamento de câncer
Segundo o Instituto de pesquisa do câncer do Reino Unido são três os hormônios sexuais que sofrem influência do tratamento contra a doença, o estrogênio, a progesterona e a testosterona.
Estrogênio
Produzido em maior quantidade pelos ovários, mas também em parte pelas glândulas suprarrenais e pela gordura corporal (Incrível, né?) o estrogênio é responsável por promover o desenvolvimento sexual da mulher durante a adolescência e também controlar o ciclo menstrual feminino, através da liberação dos óvulos.
Progesterona
Também a progesterona é produzida pelos ovários. Além de seu papel importante no ciclo menstrual, ela também tem responsabilidades quanto ao processo de gravidez e amamentação.
Testosterona
Amplamente conhecido como um hormônio masculino, a testosterona também é produzida pelas glândulas suprarrenais das mulheres. Mas, em pequena quantidade!
A testosterona ajuda a manter os músculos e contribui diretamente sobre o desejo sexual feminino.
Sintomas de variações hormonais durante o tratamento do câncer
Como cada corpo reage de maneira diversa ao tratamento, os sintomas variam muito. Costumam ser leves, durando apenas algumas semanas, mas podem chegar a ser bem fortes, durar bastante tempo e exigir tratamento específico!
Os sintomas de alterações nos hormônios sexuais podem incluir:
- Calores e suor
- Problemas de memória e concentração
- Perda da libido
- Alterações de humor
- Cansaço
- Dificuldade para dormir
- Dores
- Alterações de peso
- Perda de densidade óssea
- Aumento de níveis de colesterol
- Secura vaginal
- Problemas de controle urinário
Como aumentar a Libido durante e após o tratamento de Câncer : Sexualidade X Intimidade
Querida, vou te contar uma coisa: Sexualidade não é o mesmo que intimidade. São duas coisas bem diferentes entre si. Ainda que tremendamente relacionadas.
Intimidade com o parceiro é importante, sim.
Mas, você já pensou em quanto é importante pensar na intimidade consigo mesma?
Você passou por mudanças, deve se tornar intima e conhecedora dessa nova mulher que é. Precisa estar à vontade com ela muito antes de sentir-se à vontade com outros.
A sexualidade feminina tem tudo a ver com se sentir bem consigo mesma. Muito mais que o ato em si.
Sexualidade é sobre quem você é, como se vê, suas expressões e sentimentos. Ela se manifesta nas roupas que você usa, em como se arruma, se move, em como faz sexo e também com quem faz sexo.
O papel da sexualidade em sua vida tem a ver com seu momento. Existe a influência da idade, do ambiente, dos seus relacionamentos, da cultura, crenças, oportunidades, interesses, saúde…e, claro, do nível de autoestima, que pode ser tão atingido durante e após o tratamento contra o câncer.
Por isso, conhecer e aprender a amar a nova mulher que você é se tornam os primeiros passos para ter uma vida sexual top.
Libido e Autoestima durante e após o Tratamento
Este estudo do Instituto de Psicologia de Brasília demonstrou que 66% das mulheres em tratamento de câncer de mama interromperam a vida sexual durante o tratamento. E só 39,6% retomaram a vida sexual após mais ou menos 7 meses. As demais, não o fizeram mesmo.
O pior não é nem isso. Acontece é que entre as que retomaram o sexo, ainda houve mais de 23% que só fizeram isso para agradar o parceiro ou por insistência dele. Ou seja: essas mulheres não se sentiam confortáveis para dar esse passo. Apenas cederam aos desejos de seu parceiro, mesmo sem estarem a fim.
De acordo com os pesquisadores, esses números têm a ver com a percepção corporal da mulher durante e após o tratamento do câncer.
Não é difícil de entender, né?
O tratamento modifica o nosso interior e exterior, o que causa insegurança e medo em muita gente.
É cabelo que cai, aquele inchaço pelos corticoides, cicatrizes que ganhamos, um cansaço sem fim…
Eu falei sobre a cobrança que sofremos quanto à nossa aparência neste Artigo sobre a Sexualidade .
Lá eu conto o quanto acredito que a beleza tem a ver com descobrir quem realmente somos e aproveitar o momento de redescoberta que o câncer nos proporciona para um encontro com seu novo EU, versão 2.0, melhorada e otimizada.
Nem sempre é fácil, não vou mentir.
Só que você não está sozinha: Estou contigo nessa, e pronta para te ajudar a se apaixonar pela pessoa mais incrível de sua vida: VOCÊ MESMA!
Por isso que, além dos meus Programas de acompanhamento, continuo escrevendo no meu blog e publicando vídeos no meu canal do Youtube , compartilhando com você tudo o que vivi, aprendi e sigo aprendendo.
Estimulando o desejo sexual durante e após o tratamento de Câncer
Agora que você já sabe que existem os fatores físicos e emocionais para a falta de libido durante e após o tratamento, deve estar querendo saber como é que se faz para driblar esse problema, certo?
Tenho ótimas dicas, claro! Vamos lá?
Sexo é mais, lembra?
De acordo com os médicos, o contato físico é essencial para os resultados positivos no tratamento. Beijar, abraçar, segurar na mão, fazer massagem…tudo é permitido!
Inclusive, a atividade sexual é positiva e permitida, no geral. Em casos de tratamentos de área pélvica pode ser necessário dar mais tempo antes do sexo com penetração, mas ainda assim há alternativas, não é mesmo?
O mesmo vale para quem está com baixa contagem de glóbulos brancos ou plaquetas. Converse com seu médico a respeito.
Só não vale esquecer que há um mundo de prazer além do trivial. Criatividade é tudo!
Libido durante e após o tratamento de Câncer-Desfrute mais comendo bem
Este artigo publicado no Medical News Today (que é um importante jornal médico americano), conta que alimentos com propriedades de dar um up na libido são estudadas pelos homens há milênios.
É claro que nós podemos nos beneficiar disso, né?
Alguns alimentos são ótimos para ajudar o reequilíbrio hormonal, dando aquela mão para seu corpo se restabelecer e aumentar a libido durante e após o tratamento de câncer.
Quando consumidos, esses alimentos alteram o funcionamento do metabolismo. Alguns aumentam o desejo sexual, outros estimulam a produção de hormônios ligados à libido, estimulam a sensação de prazer, aumentam a lubrificação vaginal e outros ainda aumentam a vasodilatação, o que favorece a irrigação de várias partes do corpo, entre elas as genitais. OBA!!!!!
Quer saber quais são esses alimentos?
Alimentos Vegetais crucíferos
Nome esquisito, né? A explicação dele é mais ainda!
Os crucíferos são vegetais que tem formato de cruz em sua superfície. Nem vou tentar explicar porque eu também fiquei de cara com isso. Mas a gente entende melhor ao ver a lista.
Você vai observar que no geral são verduras e vegetais com folhas verdes escuros. As folhas verdes são ricas em magnésio e cálcio, minerais que contribuem para a circulação sanguínea.
Esses tais crucíferos contêm uma substância chamada glucorafanina, conhecida por controlar níveis de estrogênio e ter papel importante na prevenção do câncer.
Consumir uma porção ao dia é o bastante:
- Acelga
- Agrião
- Brócolis
- Couve-flor
- Couve de Bruxelas
- Couve Galega
- Couve Chinesa
- Mostarda
- Nabo
- Repolho
- Rúcula
- Wasabi (raiz forte)
Alimentos para aumentar a libido
Batizados em homenagem à Afrodite, a deusa do amor, os alimentos que ajudam a levantar a moral na cama são os tão falados afrodisíacos.
Eles também ajudam, viu?
A princípio, não há nenhuma contraindicação para eles no pós-tratamento. Durante, pode ser outra história. Tem que seguir a dieta que lhe foi indicada certinho, tá?
Converse com o seu médico. Se você puder ter o acompanhamento de uma nutricionista especializada em pacientes oncológicos melhor ainda!
Eu pedi a ajuda da minha Mega , top Nutricionista, Ileni Ribeiro, para me recomendar quais os melhores alimentos para aumentar a nossa libido. Afinal, quem está em tratamento não pode sair comendo qualquer coisa.
Então, todos os alimentos que você está lendo nesse Artigo, foram recomendados por ela, ok?
De maneira geral, os alimentos afrodisíacos têm um alto teor do mineral zinco. Esse mineral essencial marca presença em mais de 300 enzimas diretamente ligadas à produção hormonal.
Ele estimula principalmente a produção de testosterona que, no corpo da mulher, também é responsável pelo impulso do desejo sexual. Quanto ao pós- câncer, ele é também essencial.
Não só ele, aliás. É bem normal apresentar deficiência vitamínica ao longo e após o tratamento.
Por isso é que voltamos a importância de aprender umas receitinhas novas, para comer bem e voltar a estar super saudável.
Afrodisíacos cheios de zinco
- Alho – Substâncias presentes no alho estimulam a libido feminina e aumentam a circulação sanguínea. E nos homens ainda prolongam a ereção. Eita!!!!!
- Amendoim – Rico em vitamina E. O amendoim aumenta a energia e instiga o apetite sexual.
- Frutos do mar (Em especial ostras, caranguejo e lagosta)- Estimulam a lubrificação feminina. ATENÇÃO: Esses alimentos não são recomendáveis para quem está fazendo quimioterapia
- Pimenta– Aumenta a circulação sanguínea e a frequência cardíaca. Estimulam os órgão genitais gerando sensação de excitação.
- Aspargos -O vegetal é um dos afrodisíacos mais eficientes, suas substâncias estimulam a produção de histamina que é responsável pela estimulação da libido.
- Gengibre– Estimula a circulação contribuindo com a ereção. Suas substâncias também estimulam a lubrificação feminina
- Chocolate (cacau)– Aumentam a produção de serotonina. Hormônio responsável pela sensação de prazer. Quanto mais amargo for, melhor!
- Aveia e Cereais integrais
- Oleaginosas, como nozes e castanhas
- Semente de abóbora
Atitude, garota!
A questão da libido (ou falta dela) depois do câncer é meio como aqueles cubos mágicos, onde você precisa alinhar todas as cores, sabe?
Só que nessa você não está sozinha!
#tamojunto 😉
Trabalhar a cabeça tem o papel mais importante, o Auto-conhecimento que trabalho nos meus Programas de acompanhamento é fundamental.
Mas não dá para ignorar que o organismo tem seu papel nessa história toda.
Então você tem que dar uma ajuda para que ele trabalhe bem através de sua alimentação.
E outros hábitos saudáveis, claro!
A Ginástica íntima ( algumas fisioterapeutas trabalham) e o Laser íntimo também são opções que trazem muito resultado positivo, especialmente quanto ao ressecamento vaginal que causa desconforto e em muitos casos, até mesmo dor nas relações sexuais.
Agora que tal assistir uma Aula sobre Sexualidade que a Oncologista Dra. Sabrina Chagas, uma das idealizadoras do Projeto Papo Rosa, deu para as participantes do meu Programa Câncer com Leveza?
Essa aula foi muito divertida, inspiradora e cheia de outras dicas mara para você!
Esse é um material exclusivo que somente minhas Mentorandas tinham acesso.
***CLIQUE AQUI E COLOQUE O E-MAIL para onde você quer que eu te envie a aula.
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