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Imunoterapia no tratamento de câncer: como é o tratamento?

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Você sabia que 1 em cada 4 pessoas serão diagnosticadas com Câncer ao longo da vida? Pois é… Apesar do câncer ser cada vez mais comum entre nós, ainda é uma doença muito temida. Esse pavor se dá, principalmente, por conta do nosso imaginário, quando assistimos filmes onde o mocinho ou a mocinha que têm câncer morrem no final, mas antes sofrem horrores com os efeitos colaterais do tratamento.

Mas graças a Deus, esse cenário é coisa de novela e filmes. E há muito tempo ficou para trás… Claro que não é gostosinho fazer quimioterapia . Porém, cada vez mais a ciência vem evoluindo e trazendo novos tratamentos, mais eficazes e com menos efeitos colaterais.

Já há algum tempo, os cientistas tentam um tratamento mais eficaz e menos agressivo. E atualmente, o que chega mais perto da certeza de cura é a imunoterapia. Assim, durante esta fase de tratamento, é preciso saber o que é imunoterapia, como esse tratamento é realizado, qual o motivo dele ser tão eficaz e se o seu caso se encaixa nos quadros em que a imunoterapia é um bom caminho.

Além disso, é muito importante conversar com o seu médico e decidir em conjunto qual o melhor tratamento para você.

Imunoterapia
A imunoterapia é uma combinação de remédios aplicada de forma endovenosa. | Foto: Freepik.

O que é imunoterapia no tratamento do câncer? 

Um dos tratamentos mais utilizados contra o câncer é a quimioterapia. A combinação desses remédios, que são realmente muito fortes, em nosso organismo causa uma série de efeitos colaterais (como a indisposição, queda de cabelo e falta de apetite, só pra começar …) que fazem com que essa fase de tratamento se torne ainda mais difícil e complicada. 

O tratamento da quimioterapia funciona da seguinte forma: os remédios misturados são inseridos dos em nosso organismo e eles atingem absolutamente todas as partes do nosso corpo e, durante esse percurso, as células danificadas, que são as que estão causando o câncer, são identificadas e eliminadas. Mas as células saudáveis também são afetadas pelo medicamentos.

já a  imunoterapia é um tratamento que incentiva o próprio organismo a fazer essa identificação e acabar com as células ruins por si só. As células causadoras do tumor possuem um mecanismo de camuflagem, por isso elas passaram pelos pontos de checagem do nosso sistema imunológico sem serem detectadas e destruídas. Sendo assim, os remédios da imunoterapia servem para tirar esse disfarce e fazer com que nosso organismo as enxergue.

A partir da identificação das células fora do eixo, o organismo consegue destruí-las. Esse processo mais específico e, até mais natural, faz com que os efeitos colaterais sejam menores. E, se a imunoterapia continuar se desenvolvendo, a possibilidade de acabar com o câncer de forma mais rápida e de uma vez por todas é maior.

Existem alguns critérios que os médicos usam para determinar se seus pacientes farão o tratamento de imunoterapia ou não. Geralmente, eles optam por utilizar dessa ferramenta em casos que há  ocorrência de  metástase, que é quando o tumor já se espalhou para outras partes do corpo. 

Como é feito tratamento de imunoterapia? 

O tratamento de imunoterapia para câncer não é para todos os pacientes. Essa característica se dá pelo fato de algumas pessoas possuírem um organismo que faz com que esse tratamento funcione de maneira mais eficaz e outros não, sendo necessário a realização de vários exames para definir se vale a pena ou não seguir por esse caminho. 

Como o câncer é uma doença muito sensível, é preciso que o tratamento seja mais eficiente e o menos danoso possível. Existem dados que afirmam que 5% dos pacientes que usam a imunoterapia possuem uma reação adversa ao tratamento.  Quando isso acontece,  as células de defesa do corpo ficam meio maluquinhas e atacam alguns tecidos que estão saudáveis. Essa é uma situação que deve ser observada e, se for o caso, controlada. 

Além disso, com o principal objetivo de fazer com que a eficiência do tratamento contra algum câncer seja bem grande, muitas vezes essa imunoterapia é somada a outros tipos de tratamentos oncológicos, como a própria quimioterapia e a radioterapia. A duração da imunoterapia também vai ser diferente para cada paciente, a depender da resposta imunológica do organismo dele. 

O tipo de imunoterapia mais novo e que possui uma maior chance de acabar com a doença é a terapia do receptor de antígeno quimérico de células T (“CAR T-Cells”). Além disso, existem outros tipos como a vacina contra câncer, os anticorpos monoclonais e os inibidores de pontos de verificação imunológica. 

O tratamento da imunoterapia é feito por via endovenosa em sessões que têm uma duração de cerca de 1 hora, sendo cada uma dessas aplicações feita com um intervalo que vai de duas até três semanas. Durante o tratamento são realizados exames para determinar se a imunoterapia está de fato dando certo e até quando o paciente deve prosseguir com ela.

Como a imunoterapia está sendo um dos tratamentos mais promissores da atualidade

Na grande maioria das vezes, as pessoas que recebem a notícia que estão com câncer já pensam na doença como uma sentença de morte.  Eu, por exemplo, fiquei completamente desnorteada quando recebi a notícia que tinha câncer. Essa percepção extremamente desanimadora e pessimista se dá ao fato de como o câncer é retratado, principalmente pela mídia e pela ideia de que não há tratamentos eficazes. 

É desanimador a falta de histórias de superação do câncer em propagadas pelo mundo todo, para que as pessoas que estão passando por essa fase possam ouvir e se inspirar. 

Foi principalmente por isso que eu resolvi contar a história de como mudei toda a minha vida ( para melhor) a partir do meu diagnóstico.  O câncer fez com que eu enxergasse a vida de forma diferente e que os meus valores mudassem. 

Além disso, ao ouvir sobre a escolha da quimioterapia para o tratamento, a maioria das pessoas também escutam que o tratamento  pode não ser totalmente eficiente, que existem chances de não funcionar. Isso, apesar de ser verdade, é extremamente desanimador e faz com que os pacientes não tenham fé em sua recuperação. 

Ter um tratamento eficaz é o principal caminho para que haja um maior número de pessoas contando suas experiências com essa doença . E que a esperança de passar pelo câncer sem muitos efeitos colaterais e sequelas seja  cada vez mais presente e forte. 

A imunoterapia é tão inovadora, pois colabora em ambos os aspectos.

Já foi comprovado que a imunoterapia tem uma maior eficácia e faz com que os efeitos colaterais do tratamento sejam menores. Ela já ajudou bastante a amenizar, e até curar, vários casos de cânceres que eram considerados uma causa perdida, principalmente na ocorrência de metástase inoperável. 

Com o desenvolvimento desse tratamento, por meio do investimento de farmacêuticas em imunoterapia,o  câncer deixa de ser visto como sentença de morte!





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