Seguindo minha missão de compartilhar informações sobre câncer e tratamentos oncológicos, descobri mais sobre a terapia-alvo, uma abordagem inovadora no tratamento da doença.
Essa forma de tratamento tem se destacado por sua capacidade de focar em moléculas específicas presentes em células cancerígenas, o que poupa as células saudáveis. Embora seja uma opção disponível para diversos tipos da doença, seu desenvolvimento envolve um processo complexo e minucioso na criação de medicamentos específicos.
Essa abordagem é recente no tratamento do câncer e diferente da quimioterapia tradicional, ataca especificamente as células cancerígenas, poupando as células saudáveis.
Essa terapia representa não apenas um avanço no tratamento oncológico mas também uma esperança para muitos pacientes que buscam alternativas mais eficazes e com menos efeitos colaterais.
Neste texto, vou explorar mais sobre a terapia-alvo, como funciona e seus benefícios no tratamento do câncer. Vem descobrir mais sobre essa importante opção terapêutica!
O que é a terapia-alvo?
Como disse, a terapia-alvo é um tipo de tratamento para o câncer que se diferencia pela sua precisão em atacar células cancerígenas específicas, poupando as células saudáveis.
Existem diversas células do nosso corpo que possuem funções específicas. Estando saudáveis, elas se dividem de forma controlada e funcional, nutrindo diversas partes do nosso corpo.
Só que alterações nos genes dessas células podem causar mutações que afetam a produção de proteínas importantes, levando a um crescimento descontrolado e a formação de tumores.
Os pesquisadores identificaram várias mutações genéticas e alterações nas proteínas das células cancerosas que impulsionam o crescimento e a disseminação de tumores.
Com base nesses conhecimentos, foram desenvolvidos medicamentos que podem atacar diretamente essas mutações e proteínas específicas, interrompendo os processos que mantêm as células cancerosas vivas e em crescimento descontrolado, sem prejudicar os tecidos saudáveis.
Ações da terapia-alvo no tratamento para câncer
O tratamento pode ser dividido de acordo com a sua intencionalidade:
- Estimular o sistema imunológico para destruir tecidos malignos;
- Bloquear proteínas geradas pela mutação genética;
- Alterar proteínas dentro das células cancerígenas para que as células morram;
- Desacelerar o crescimento tumoral;
- Carregar toxinas para as células cancerígenas para destruí-las, mas não às células normais;
- Impedir o surgimento de vasos sanguíneos que possam nutrir o crescimento tumoral.
Personalizável, ela visa atingir áreas ou substâncias específicas nas células cancerígenas que variam de acordo com cada paciente. Os tumores são testados para diferentes alvos após cirurgia ou biópsia.
Como ela funciona?
A terapia-alvo funciona através de medicamentos que são projetados para bloquear o desenvolvimento das células malignas.
Proteínas, enzimas ou genes específicos, encontrados em grande quantidade ou que estejam mais ativos nas células cancerígenas do que nas células normais se tornam alvo. Ao bloquear esses elementos, os medicamentos de terapia-alvo ajudam a interromper o crescimento do tumor e a induzir a morte das células cancerígenas.
Esses remédios são administrados em por via oral ou intravenosa de forma cíclica, com períodos ativos seguidos de períodos de descanso e o médico acompanha a evolução do tratamento através de exames regulares.
Tipos de terapia-alvo no tratamento do câncer
- Anticorpos monoclonais: Fornece moléculas próprias ou moléculas com drogas para as células cancerígenas para assim, destruí-la. O Trastuzumabe é indicado para tipos de cânceres de mama, cetuximabe para cânceres pulmonares, colorretais, de cabeça e pescoço, enquanto o alemtuzumab para alguns casos de leucemia.
- Inibidores de proteassoma: Interrompe funções normais das células, incentivando a morte de células cancerígenas. É o caso da terapia-alvo com bortezomibe para mieloma múltiplo.
- Inibidores de transdução de sinal: visa bloquear sinais celulares de para alterar as ações das células malignas, como o tratamento para câncer com imatinibe para leucemia.
- Inibidores da angiogênese: São bloqueadores de vasos sanguíneos que alimentam o câncer. O bevacizumabe é usado em muitos casos.
Quem pode buscar por esse tratamento?
A terapia-alvo é especialmente buscada por pacientes com tumores específicos que apresentam características genéticas ou moleculares que os tornam suscetíveis a esse tipo de tratamento para câncer.
Pacientes que geralmente passam por testes genéticos para identificar essas características e determinar a eficácia da terapia-alvo para o seu caso.
Pacientes com:
- Câncer de mama (proteína HER2);
- Câncer de pulmão;
- Câncer de colorretal;
- Melanoma (mutação do gene BARF);
- Câncer de ovário;
- Câncer de colo do útero;
- Câncer de tireoide;
- Câncer de rim;
- Câncer de estômago;
- Tumores cerebrais;
- Sarcomas ósseos;
- Sarcomas de partes moles;
- Leucemia.
Esse tratamento é uma opção que pode ser bem atrativa, já que oferece uma abordagem mais direcionada e menos invasiva.
Além disso, ela é frequentemente considerada para pacientes que não responderam bem à quimioterapia convencional ou que apresentam efeitos colaterais significativos com esse tipo de tratamento. Para eles, a terapia representa uma esperança de tratamento mais eficaz e com menos efeitos colaterais, melhorando assim a qualidade de vida durante o tratamento do câncer.
Claro que, muitas vezes, a terapia é usada de forma complementar ao lado de outros tratamentos para câncer. Mesmo assim, ele pode ser um facilitador.
Qual a diferença em relação ao tratamento quimioterápico?
A terapia-alvo difere do tratamento quimioterápico tradicional principalmente em sua especificidade de ação.
Enquanto a quimioterapia ataca todas as células que estão se dividindo rapidamente, tanto as cancerígenas quanto as saudáveis, a terapia é mais seletiva, visando apenas as células que expressam os alvos moleculares específicos dos medicamentos.
Essa diferença é fundamental pois resulta em menos danos às células saudáveis do corpo, o que reduz significativamente os efeitos colaterais comuns da quimioterapia, como náuseas, queda de cabelo e supressão do sistema imunológico.
Além disso, é frequentemente mais eficaz em termos de controle do crescimento tumoral e pode levar a melhores resultados em alguns casos específicos de câncer.
Um estudo publicado pelo Jornal Brasileiro de Pneumologia mostra que medicações que interagem de forma direta com um receptor do tumor apresenta uma taxa de resposta acima de 50% e aumenta em 100% a sobrevida do paciente.
No entanto, é importante dizer que mesmo assim a terapia-alvo não substitui completamente a quimioterapia de acordo com o tipo e estágio do câncer, devendo ser combinado, como disse anteriormente.
É a combinação de diferentes abordagens terapêuticas que vem mostrando cada vez mais eficácia no tratamento para câncer de diferentes tipos, proporcionando mais opções e maior chance de sucesso no combate à doença. E claro, para isso você precisa se dedicar à sua saúde junto com a sua equipe!
Agora que você já sabe mais sobre a terapia-alvo no tratamento para o câncer, te convido a procurar mais informações aqui mesmo no blog, trago um leque extenso de informações para te ajudar nessa jornada intensa. Um abraço!