Receber o diagnóstico de câncer é um momento que muda completamente a vida. Medos, dúvidas e incertezas se tornam companheiros constantes, e é natural que diversas perguntas surjam ao longo dessa jornada. Eu também passei por isso, e lembro-me bem da confusão e do peso emocional que senti inicialmente. É por isso que quero compartilhar com você as cinco perguntas de pacientes oncológicos mais comuns que surgem nesse momento.
O objetivo aqui é trazer clareza, acolhimento e algumas orientações práticas para que você possa atravessar esse momento com mais leveza e confiança.
Vamos explorar juntas essas questões e descobrir como lidar com os desafios de forma equilibrada e consciente?

Os Primeiros Impactos do Diagnóstico de Câncer
O diagnóstico de câncer costuma ser um divisor de águas. Para muitos, a notícia chega como um choque, trazendo um turbilhão de emoções. Sentir medo, tristeza, raiva ou até negação é algo completamente normal. Cada pessoa reage de maneira única, mas o importante é saber que buscar apoio pode fazer toda a diferença.
Lembro-me de como, no início, o suporte emocional de familiares e amigos foi crucial para mim. Além disso, conversar com profissionais especializados ajudou a organizar meus pensamentos e me preparar para os próximos passos. Saber que eu não estava sozinha foi um grande alívio.
Essa fase inicial é sobre acolher suas emoções, dar-se tempo para processar a situação e começar a se informar sobre o que está por vir. Você pode ler mais sobre isso neste outro post aqui do blog.
Pergunta 1: “O que posso esperar do tratamento do câncer?”
Essa é uma das primeiras perguntas que surgem, e é natural querer entender o que está por vir no tratamento do câncer. Os tratamentos podem variar bastante, dependendo do tipo e estágio do câncer. As opções mais comuns incluem quimioterapia, radioterapia, imunoterapia e cirurgia.
Converse abertamente com sua equipe médica para entender quais tratamentos são indicados para o seu caso. Pergunte sobre os efeitos colaterais, a duração e o que esperar em cada etapa. Essa troca de informações ajuda a diminuir a ansiedade e a se preparar melhor.
Além disso, vale buscar recursos como mentorias e grupos de apoio. Ouvir histórias de outras pessoas que já passaram por tratamentos semelhantes pode trazer conforto e inspiração.
Durante meu tratamento, as experiências compartilhadas por outras mulheres foram verdadeiras bússolas, mostrando caminhos que eu nem imaginava.
Pergunta 2: “Como vou lidar com os efeitos colaterais?”
Os efeitos colaterais são uma preocupação comum e, infelizmente, uma parte inevitável para muitos pacientes. No entanto, existem formas de minimizar esses impactos e tornar o dia a dia mais confortável.
Aqui estão algumas dicas práticas:
- Náuseas e vômitos: Inclua alimentos como gengibre e chás calmantes, como camomila. Pequenas porções ao longo do dia também ajudam.
- Fadiga: Respeite seu corpo. Priorize o descanso, mas tente manter atividades leves que tragam prazer, como uma breve caminhada.
- Alterações na pele: Use hidratantes específicos indicados pelo seu médico e evite a exposição solar excessiva.
- Perda de apetite: Aposte em alimentos nutritivos e de fácil digestão, como sopas e frutas.
Outra dica importante é conversar com sua equipe médica sobre medicamentos ou terapias complementares que podem aliviar os sintomas.
No entanto, apesar de recebermos orientações e uma lista de medicamentos para cada possível sintoma, quero que você saiba que é possível administrar os efeitos colaterais do tratamento de forma segura e natural.
Durante meu tratamento, seguir essas orientações me ajudou a manter uma rotina mais equilibrada. Eu fiz 16 ciclos de quimioterapia, 2 cirurgias, 28 sessões de radioterapia com pouquíssimos efeitos colaterais.
E, hoje ajudo outros pacientes a enfrentarem o tratamento com qualidade de vida. E os resultados são surpreendentes.
veja como isso é possível neste vídeo
Pergunta 3: “Posso continuar com minha rotina?”
Essa dúvida é muito comum, e a resposta varia de pessoa para pessoa. Para algumas, é possível manter grande parte das atividades cotidianas, enquanto outras precisam ajustar a rotina para acomodar os cuidados necessários.
O segredo está em encontrar um equilíbrio. Avalie quais tarefas são essenciais e quais podem ser delegadas ou adiadas. Lembre-se de que não há problema em desacelerar e priorizar sua saúde.
No meu caso, manter pequenas partes da minha rotina, como ler ou ouvir música, foi fundamental para trazer um senso de normalidade. Ao mesmo tempo, aprendi a dizer “não” para demandas que exigiam mais do que eu podia oferecer naquele momento.
Adotar práticas como meditação e respiração consciente também ajudou a trazer mais calma e foco para os dias mais desafiadores.

Pergunta 4: “Devo mudar meus hábitos?”
A resposta é sim, mas não se assuste: mudanças graduais podem fazer toda a diferença. Encarar o câncer pode ser uma oportunidade para rever hábitos e adotar um estilo de vida mais saudável.
Comece por pequenos passos:
- Alimentação: Inclua mais frutas, legumes, grãos integrais e proteínas magras. Evite alimentos ultraprocessados e ricos em açúcares e, o mais importante de tudo, conheça a minha mentoria de Alimentação Anticâncer: Detox Terapêutico. Clique aqui para saber mais!
- Atividade física: Mesmo durante o tratamento, exercícios leves, como caminhadas, podem trazer benefícios, desde que realizados com orientação médica.
- Sono de qualidade: Estabeleça uma rotina de horários para dormir e acordar, criando um ambiente tranquilo para o descanso.
Para mim, essas mudanças não só ajudaram meu corpo a enfrentar o tratamento, mas também trouxeram uma sensação de controle e cuidado com minha saúde.
Pergunta 5: “Como posso manter minha saúde emocional?”
Cuidar da saúde emocional é tão importante quanto tratar o corpo. Durante o tratamento, é natural sentir-se vulnerável, mas existem ferramentas que ajudam a fortalecer a mente e encontrar equilíbrio.
Algumas estratégias incluem:
- Terapia: Buscar apoio psicológico é fundamental para lidar com medos, ansiedade e mudanças emocionais.
- Grupos de apoio: Conversar com outras pessoas que estão passando por situações semelhantes é reconfortante e inspirador.
- Journaling: Escrever sobre suas emoções ajuda a organizar pensamentos e aliviar tensões.
- Práticas de gratidão: Focar nas coisas positivas, mesmo pequenas, traz uma nova perspectiva sobre a vida.
Durante meu tratamento, manter uma rede de apoio foi essencial. Sentir-se acolhida e ouvir histórias de superação me deu força para continuar, mesmo nos dias mais difíceis.
Enfrentar o câncer é desafiador, mas acredito que é possível fazê-lo com leveza. Isso não significa ignorar as dificuldades, mas encontrar formas de atravessar esse momento com mais equilíbrio e esperança.
Lembre-se de que cada pessoa tem sua própria jornada, e o importante é descobrir o que funciona para você. Busque informações, converse com profissionais e permita-se receber apoio. Pequenos passos, como cuidar da alimentação, respeitar seu corpo e fortalecer sua mente, fazem toda a diferença.
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Espero que as respostas às 5 perguntas de pacientes oncológicos, compartilhadas no artigo de hoje, possam trazer mais clareza e tranquilidade para você. E, acima de tudo, lembre-se: você não está sozinha. Conte comigo e com este espaço para encontrar acolhimento e motivação ao longo do caminho.