Antes de saber quais são as sequelas da quimioterapia, ou como são mais conhecidos, os efeitos colaterais, é preciso compreender mais sobre o tratamento em si. Para isso, vou te ajudar a entender mais sobre esse assunto!
A quimioterapia é um tratamento médico à base de medicamentos que é utilizado para destruir as células doentes que formam um tumor ou se multiplicam de maneira descontrolada.
Esses medicamentos, normalmente, se misturam com o sangue e são levados para todas as partes do corpo, com o objetivo de destruir as células doentes e impedir que elas consigam se espalhar ainda mais pelo corpo do paciente.
O tratamento pode ser realizado de maneiras diferentes e vai depender muito da orientação do seu médico.
Os tratamentos existentes são: via oral, intramuscular, subcutâneo, intracraneal e o tópico.
Após a detecção do câncer ou da doença que precisa ser tratada com a quimioterapia, há a realização de uma consulta médica, bem como a solicitação dos exames laboratoriais. Depois disso, com a orientação médica, a sua quimioterapia será marcada, e você receberá orientações sobre o seu tratamento. Ele será administrado por profissionais capacitados da equipe de enfermagem e pode ser feito de duas maneiras, sendo elas ambulatorial ou por internação.
Na ambulatorial, o paciente vai até o hospital e recebe o tratamento. Ao fim, ele retornará a sua casa. Já no tratamento com internação, o paciente precisará ficar internado em observação, durante todo o tempo determinado.
Muitas pessoas acreditam que a quimioterapia causa dor, mas não é verdade. A picada da agulha pode até causar um desconforto, mas o líquido entrando não tem nenhum efeito relacionado à dor. Outro mito relacionado ao tratamento é que ao parar de se sentir mal e ter pequenas melhoras, o paciente já pode parar.
Tem gente que também pensa que se não passar mal é porque a quimioterapia não está fazendo efeito. Isso não é real! Posso falar por mim: Fiz 16 ciclos de quimioterapia e tive pouquíssimos efeitos colaterais.
O fato é que seu oncologista, mediante seus exames clínicos, terá condições de avaliar a necessidade ou não de continuar com o tratamento, pequenas melhoras significam que o tratamento está funcionando. Mas você precisa seguir firme perseverando.
Tipos de quimioterapia
Além da diversificação de formas de tratamento, há, ainda, um tipo de classificação para as quimioterapias. A quimioterapia pode ser classificada como: curativa, adjuvante, neoadjuvante ou prévia e paliativa.
Curativa
A quimioterapia curativa é mais utilizada quando se pretende acabar com o câncer através de apenas um procedimento.
Adjuvante
No caso da adjuvante, espera-se acabar com as possíveis células que ficaram mesmo após o tratamento cirúrgico.
Neoadjuvante
A neoadjuvante possui como finalidade principal conseguir diminuir o tumor antes da realização da radioterapia ou, até, da cirurgia.
Paliativa
Já com a paliativa, tem-se a preocupação de melhorar a qualidade de vida do paciente, diminuindo os sintomas. Isso porque ela é realizada quando a doença não apresenta mais chances de cura. Isso segundo a medicina convencional, tá?
É importante ressaltar aqui que, como a quimioterapia afeta todas as células do corpo, e não apenas as cancerígenas, diversas são as reações que podem ser causadas pelo uso do medicamento.
Em razão dos possíveis problemas causados às células saudáveis, a quimioterapia não pode ser aplicada em intervalos de tempo muito curtos, já que é necessário um tempo para a recuperação das principais áreas atingidas.
Além desses tipos específicos de quimio, existem ainda aqueles relacionados às substâncias, como é o caso da quimioterapia branca e vermelha.
Quimioterapia vermelha
A coloração avermelhada se dá por conta das substâncias de seus medicamentos, de cor rubi, quando são diluídos. São eles: a doxorrubicina e a epirrubicina, os quais podem ser usados de forma isolada ou em conjunto.
Este tipo de tratamento é indicado para diversos tipos de câncer, como é o caso do linfoma de Hodgkin, leucemia linfoide aguda, leucemia mieloide aguda, câncer de mama e câncer de pâncreas.
Para algumas pessoas, esses medicamentos componentes da quimioterapia vermelha, que são pertencentes ao grupo das antraciclinas, são mais “ácidos”, ou seja, apresentam efeitos colaterais mais intensificados. No entanto, não é bem assim. Os efeitos são oriundos do próprio tratamento e independem da cor da quimio.
E se você ler outros artigos que escrevi aqui no meu blog, verá que você pode minimizar os efeitos colaterais do tratamento com seu estilo de vida.
Quimioterapia branca
A quimioterapia branca, por sua vez, não possui cor alguma. Isso porque o seu líquido é transparente, já que, quando dissolvidos, os medicamentos acabam não promovendo nenhuma coloração.
As substâncias mais usadas aqui são: taxol, ciclofosfamida, docetaxel, gencitabina e vinorelbina e eles podem ser aplicados de maneira individual ou em conjunto. A depender do medicamento e dos diferentes tipos de câncer que podem ser tratados com eles, os efeitos podem ser bem diferentes.
No geral, a quimioterapia branca é mais indicada para cânceres sólidos, como de cabeça e pescoço, próstata e pulmão. Os seus efeitos colaterais costumam ser mais brandos, mas varia de acordo com o medicamento usado. Sendo assim, com ele, os cabelos e pêlos do corpo também podem cair, além de ocasionar náuseas, queda de imunidade, dores musculares e formigamento nas extremidades.
E quais são os efeitos colaterais da quimioterapia e o que fazer para evitá-los? É exatamente isso que vou te falar agora!
Efeitos colaterais mais comuns
O tratamento que faz uso da quimioterapia varia bastante de um paciente para o outro e, também, de acordo com o tipo de câncer. Assim, os sintomas após quimioterapia, vai depender de qual medicamento o paciente utilizar, podendo haver ou não efeitos colaterais. Todavia, vale dizer que a falta de efeitos colaterais não indica que a quimioterapia não esteja funcionando.
Dentre as principais sequelas da quimioterapia, posso citar:
- Dor no corpo;
- Fraqueza e tontura;
- Feridas na boca;
- Enjoo e vômito;
- Queda de cabelo;
- Perda de apetite;
- Ganho ou perda de peso;
- Anemia;
- Diarreia ou constipação;
- Alterações na pele e nas unhas.
Ao dar início ao tratamento quimioterápico, é muito importante que o paciente saiba que ele pode continuar tendo uma vida relativamente normal. Mas, quando os dias de quimio se aproximarem, alguns cuidados precisam ser tomados para garantir o seu bem-estar. Por exemplo, alguns dias antes e alguns dias depois, é importante dormir bem e não ingerir bebidas alcoólicas.
O tratamento quimioterápico possui duração variada, pois o tempo vai depender da resposta do organismo ao tratamento e a duração do tratamento só pode ser estabelecida pelo médico oncologista.
Fique sempre atento a tudo, porque é necessário procurar um médico caso, após a quimioterapia, haja febre igual ou superior a 38ºC, manchas no corpo, dor ao urinar, sangramentos, dificuldade respiratória ou diarreia. Dores que não se apresentavam antes do tratamento também podem servir de alerta ao paciente.
4 dicas de como enfrentar os efeitos colaterais
Com o objetivo de diminuir os sintomas após quimioterapia, fique ligada nas dicas que trouxe para você:
- Busque organizar a sua rotina de refeições e escolha alimentos de fácil digestão. Após a sessão de quimioterapia, espere pelo menos 1 hora para ingerir alimentos e mastigue-os bem.
- Evite fazer esforços que irão prejudicar a digestão e descanse após as refeições.
- Cuidar dos aspectos emocionais também é muito importante. Isso porque ao enfrentar uma doença como o câncer o sistema nervoso e as emoções ficam bem mais afloradas. A autoestima também é muito afetada.
- Pare de lutar contra o tratamento, dê força para ele. Independente do seu credo, abençoe a sua medicação, feche os olhos e se imagine já saudável enquanto recebe a medicação.
- Sinta-se grata por estar se tratando. Vai por mim, seu estado de espírito vai influenciar grandemente em como você irá se sentir após o tratamento.
Agora que você já sabe como enfrentar os efeitos colaterais da quimioterapia, quero te convidar a continuar no meu Blog para saber mais sobre esse e outros assuntos relacionados.
Eu sou Health Coach com foco em Saúde Integrativa. e, através de cursos online, grupos de acompanhamento, mentoria e atendimentos individuais, ajudo pacientes oncológicos a sair da “escuridão pós-diagnóstico” e usar esse desafio como um ponto de virada para uma vida com mais saúde, propósito e plenitude. É possivel!