Confesso, que nunca na minha vida, nem nos meus sonhos mais loucos imaginei que um dia teria uma uma peruca…
Mas depois da quimioterapia, a Ana Beatriz (nome que dei a minha peruca) veio em boa hora.
No primeiro capítulo da novelinha, A ARTE DE SER CARECA , contei como foi difícil perder os cabelos, quando eu decidi raspar o cabelo e ficar careca, com direito a filminho e tudo!!!!! Hehehehe!
Agora vou contar de fato, a arte de ser careca!!! Sim, porque ser careca é uma arte!
O momento que assumi a minha careca, para mim foi libertador!
Primeiro, por que finalmente lá estava eu, encarando os meus medos: como eu ficaria? E até que, modéstia à parte, não fiquei tão mal quanto pensei!
Vencida a etapa da superação da careca, comecei a me relacionar com a minha nova imagem e descobrir como poderia ficar mais apresentável, apesar da careca.
Tinha tanto medo de ficar careca, que mandei fazer uma peruca super estilosa com cabelos naturais. Não queria ficar com cara de quem está usando peruca de carnava de jeito nenhum!
Fui trabalhar e senti tanto calor na careca que pendurei minha peruca junto com a minha bolsa no escritório.
E brinquei com as perucas das amigas também. Então, me vi com vários visuais diferentes, e percebi que posso ser qualquer uma dessas “personagens” na vida real… Ou todas elas se quiser!!!!
A vida é muito curta para termos o mesmo visual , para sempre! Permita-se mudanças!
Também me diverti, emprestando a minha peruca…
Depois que perdi a vergonha por estar careca, abri mão da peruca e comecei a me reinventar.
Respostas de 4
No começo é dificil mesmo. Mas depois a gente supera. Também cortei o meu cabelo curtinho antes do tratamento. Aliás, me sinto um camaleão de tanto que mudei os cabelos…rsrsrsrs
Olha só: https://dascoisasquetenhoaprendido.com.br/2014/12/29/2014-o-ano-do-camaleao/
Antes do tratamento decidi cortar o cabelo bem curto. E após os 10 dias da primeira sessão meus cabelos começaram a cair, logo após o Natal de 2016, então decidi cortar mais curto ainda, mas, não passei a máquina, queria ver todo o processo da queda, até ficar careca, que foi tudo muito rápido, hj meus cabelos já estão crescendo. Usei lenços, chapéu e peruca, curti todos e ainda curto.
Quando resolvi cortar bem curtinho, alguns familiares estavam presente, mãe, irmãs, sobrinhos e cunhadas. Só chorei quando meu sobrinho falou: titia a perda dos seus cabelos faz parte do tratamento, com isso me derreti no choro.
Oi Lisandra,
Que lindo a atitude da sua filha! Fiquei emocionada! Um beijão pra vocês duas!
Paty
Passei por todas estas fases, tendo como marco doloso, o dia em que realmente precisei cortar os poucos fios de cabelo que ainda restavam em minha cabeça! Acordei na terça-feira, decidida que iria assumir minha careca, levantei, tomei banho, o banheiro, meu quarto e todo o restante da casa tinham mais cabelo do que restava em minha cabeça! Olhei para minha filha de sete anos e lhe avisei que iria cortar o cabelo, quando disse isso, ela pediu pra me acompanhar. Decidida sobre o que deveria fazer, sentei na cadeira do salão, minha cabeleireira colocou a capa, td sob muita tensão, quando minha filha, com um carinho enorme, assumindo a maturidade do momento, me diz: não importa os cabelos, o que importa é você ficar bem! Choro brotou em nossos olhos!