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Neuropatia Periférica: O que é? Como é provocada? Como tratar?

Última atualização: 30/12/2024
Tempo de leitura 5 minutos

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Durante meu tratamento oncológico, um dos desafios que mais me surpreendeu foi a neuropatia periférica. No início, eram apenas formigamentos nas mãos e nos pés. Mas, com o tempo, os sintomas se intensificaram, dificultando até tarefas simples do dia a dia. 

Ao buscar respostas, percebi que essa condição é mais comum do que imaginamos, especialmente entre pacientes que passam por quimioterapia.

Hoje, quero compartilhar o que aprendi sobre a neuropatia periférica: o que é, como é provocada, quais são os principais sintomas e como podemos tratar ou aliviar seus efeitos.

Mantenha a calma, porque a neuropatia periférica vai passar!

O que é Neuropatia Periférica?

A neuropatia periférica é uma condição que afeta os nervos periféricos, responsáveis por conectar o sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal) ao restante do corpo. Esses nervos são responsáveis por sensações, movimentos musculares e funções automáticas, como a digestão e o controle da temperatura.

Quando esses nervos sofrem danos, surgem sintomas como formigamento, dormência, fraqueza muscular e dores em diferentes intensidades. No caso de pacientes oncológicos, a neuropatia periférica frequentemente é causada pela quimioterapia, sendo chamada de neuropatia periférica induzida por quimioterapia (NPIQ).

Os medicamentos quimioterápicos, embora eficazes no combate às células cancerígenas, também podem afetar os nervos saudáveis, especialmente os das extremidades, como mãos e pés. Isso ocorre porque alguns quimioterápicos interferem na capacidade dos nervos de transmitir sinais corretamente, levando a sensações anormais. 

Além disso, o tratamento da quimioterapia também pode levar a outros efeitos colaterais, e você pode conferir mais sobre clicando aqui.

Quais são os Sintomas da Neuropatia Periférica?

Os sintomas da neuropatia periférica podem variar de leves a graves, dependendo da extensão do dano nervoso. Entre os sinais mais comuns estão:

  • Formigamento ou Dormência: Sensação de “alfinetes e agulhas”, especialmente nas mãos e nos pés.
  • Dor queimação: Uma dor intensa que pode ser descrita como uma sensação de queimação.
  • Fraqueza muscular: Dificuldade para segurar objetos ou realizar atividades simples, como abotoar uma camisa.
  • Perda de sensibilidade: Em alguns casos, os pacientes podem não sentir calor, frio ou até mesmo dor em certas áreas do corpo.
  • Alteração no equilíbrio: Dificuldade para andar ou manter-se em pé, devido à falta de sensibilidade nos pés.

Esses sintomas podem aparecer durante o tratamento ou meses depois do término da quimioterapia. Por isso, é fundamental comunicar à equipe médica qualquer alteração para que o diagnóstico seja feito precocemente.

Qual exame é realizado para diagnosticar a Neuropatia Periférica?

O diagnóstico da neuropatia periférica começa com uma avaliação clínica detalhada. Durante a consulta, o médico investiga o histórico do paciente, os sintomas apresentados e os tratamentos realizados.

Os exames mais comuns incluem:

  1. Exame Neurológico: Testa reflexos, força muscular, sensibilidade e coordenação motora.
  2. Eletroneuromiografia (ENMG): Um exame específico que avalia a atividade elétrica dos nervos e músculos, ajudando a identificar o grau de comprometimento nervoso.
  3. Exames de Sangue: Podem ser solicitados para descartar outras causas de neuropatia, como diabetes, deficiência de vitaminas (principalmente do complexo B) ou doenças autoimunes.

Esses exames ajudam o médico a confirmar o diagnóstico e planejar o tratamento mais adequado para cada caso.

O que causa a Neuropatia Periférica?

No contexto do câncer, a neuropatia periférica geralmente é causada pelos medicamentos quimioterápicos, como platinas (cisplatina e oxaliplatina), taxanos (paclitaxel e docetaxel) e outros. Esses medicamentos têm grande eficácia no combate às células cancerígenas, mas podem interferir no funcionamento dos nervos periféricos.

Outras possíveis causas da neuropatia periférica incluem:

  • Diabetes: Uma das causas mais comuns de neuropatia em geral.
  • Deficiência de vitaminas: A falta de vitaminas do complexo B pode prejudicar a saúde dos nervos.
  • Infecções: Algumas infecções, como herpes zóster, podem danificar os nervos.
  • Compressão Nervosa: Condições como hérnia de disco podem pressionar os nervos periféricos.

Embora as causas variem, é importante identificar a origem para determinar o tratamento mais eficaz.

Vamos cuidar dos nossos pézinhos, hein?

Como tratar a Neuropatia Periférica?

A boa notícia é que existem várias formas de tratar ou gerenciar a neuropatia periférica. Embora a cura completa nem sempre seja possível, muitos pacientes conseguem aliviar os sintomas e recuperar parte da funcionalidade nervosa.

1. Controle da Causa Subjacente

No caso de neuropatia induzida por quimioterapia, o médico pode ajustar a dose do medicamento ou até substituí-lo por outra opção, caso seja viável.

Além disso, é essencial tratar condições associadas, como deficiência de vitaminas ou diabetes, que podem agravar os sintomas.

2. Medicamentos

Alguns medicamentos ajudam a aliviar os sintomas da neuropatia periférica, como:

  • Anticonvulsivantes: Gabapentina e pregabalina são usados para tratar dores neuropáticas.
  • Antidepressivos: Alguns tipos, como a duloxetina, também ajudam no controle da dor.
  • Analgésicos tópicos: Cremes ou pomadas com capsaicina podem aliviar dores localizadas.

3. Fisioterapia e Exercícios

A fisioterapia é fundamental para recuperar a força muscular, melhorar o equilíbrio e evitar quedas. Exercícios leves, como caminhadas e alongamentos, estimulam a circulação e promovem a saúde dos nervos.

4. Terapias Complementares

Terapias integrativas podem ser grandes aliadas no alívio dos sintomas:

  • Acupuntura: Ajuda a reduzir dores e melhorar a funcionalidade nervosa.
  • Massagem Terapêutica: Alivia tensões musculares e promove relaxamento.
  • Aromaterapia: Reduz o estresse e melhora o bem-estar geral.

5. Cuidados no Dia a Dia

Fazer pequenos ajustes na rotina ajuda a prevenir complicações:

  • Escolha de calçados adequados: Prefira sapatos confortáveis e antiderrapantes.
  • Adaptações domésticas: Tapetes antiderrapantes e barras de apoio podem evitar quedas.
  • Alimentação equilibrada: Uma dieta rica em antioxidantes e vitaminas do complexo B ajuda a proteger os nervos.

Como conviver com a Neuropatia Periférica?

Conviver com a neuropatia periférica exige paciência e atenção ao autocuidado. Durante meu tratamento, percebi que manter a mente saudável era tão importante quanto cuidar do corpo.

Participar de grupos de apoio, compartilhar experiências e buscar estratégias de enfrentamento foram fundamentais para lidar com os desafios. Além disso, práticas como meditação e respiração consciente ajudaram a reduzir o estresse e melhorar meu bem-estar.

A neuropatia periférica é um efeito colateral desafiador, mas não insuperável. Com diagnóstico precoce e um plano de tratamento adequado, é possível aliviar os sintomas e melhorar significativamente a qualidade de vida.

Se você está enfrentando sintomas como formigamento, dores ou fraqueza muscular, procure ajuda médica. Lembre-se de que você não está sozinha nessa jornada. Há recursos, terapias e redes de apoio disponíveis, e eu, como terapeuta integrativa, vou adorar te oferecer todo o suporte necessário por meio de um acompanhamento individual, para que você atravesse esse momento com mais leveza. Clique aqui e preencha a aplicação.

Espero que este post sobre neuropatia periférica tenha trazido clareza e acolhimento para você. Cuidar de si mesma, com carinho e paciência, é o primeiro passo para superar qualquer desafio.

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