Pesquisa diz que “Má Sorte” é a causa do Câncer

 “Pesquisa diz que má sorte é a causa do Câncer.”

Escutei essa frase quando ainda estava em tratamento e descansava de mais uma sessão de quimioterapia. (E só quem faz um ciclo de quimio sabe como ficamos!  Já escrevi sobre esse assunto aqui no blog em: Você já ouviu falar em fadiga oncológica?

Pois bem, ainda me sentia meio sequelada, com o raciocínio lento por conta dos anti-alérgicos e corticoides que também nos aplicam para diminuir os efeitos colaterais, quando escutei essa afirmação!

Assisti essa matéria sobre  a causa do câncer no jornal nacional.  As afirmações me deixou no mínimo de orelha em pé e com uma imensa sensação de impotência diante da doença.

Copiei o link da matéria, que infelizmente, está editado.

https://globoplay.globo.com/v/3869216/

Como sou curiosa e maior interessada no assunto, pesquisei direto na fonte a publicação que explica cientificamente que a maioria dos cânceres acontecem devido à uma má sorte na genética.

E que portanto, o estilo de vida e alimentação influenciam muito pouco.

Então, entrei no site da revista SCIENCE, a revista científica publicada pela Associação Americana para o Avanço da Ciência (American Association for the Advancement of Science — AAAS), considerada, ao lado da Nature, uma das revistas mais prestigiadas de sua categoria.

E não satisfeita pesquisei também sobre o camarada que escreveu o artigo: Cristian Tomasetti.
Pesquisador, PHD em Bioestatística, bioinformatica e genoma do câncer e professor no departamento de oncologia na John Hopkings School of Public Healthy (Baltimore-USA), que inclusive já escreveu um outro artigo, intitulado:

The Bad Look câncer (A má sorte do câncer) no qual afirma que estilo de vida influência muito pouco na origem da doença.

Depois de ter lido o artigo na íntegra (traduzi um resumo abaixo), achei a afirmação do Sr. Posetti, procedente. Especialmente levando em consideração, se tratar do raciocínio de um pesquisador PHD em , entre outras coisas, bioestatística, e obviamente tem uma visão do câncer baseado em números e estatísticas.

Porém, afirmar que a maioria dos cânceres acontecem por má sorte é uma explicação muito simplista e típica de quem não tem nenhuma experiência real com o câncer.

Se fosse simplesmente isto, e quem tem câncer é um azarado nas combinações da loteria genética, como explicar a epidemia do câncer nos dias atuais? Estamos ficando cada vez mais azarados?

E mais: como explicar que a incidência de câncer na população oriental é infinitamente menor que na ocidental? Será que a alimentação e estilo de vida não fazem diferença?

“Então, como explicar que os cânceres do seio, de próstata e de cólon são doenças dos países industrializados, particularmente ocidentais. Há nove vezes mais desses cânceres nos EUA e na Europa do Norte do que na China, no Laos ou na Coreia, e quatro vezes mais que no Japão.

Se os cânceres são mais frequentes no Ocidente, e se eles vêm aumentando, convém examinar o que mudou nos nossos países depois da guerra.

Três fatores cruciais abalaram o nosso meio ambiente em cinquenta anos:

1- o aumento considerável do consumo do açúcar

2- a transformação da agricultura e da criação de animais, e consequentemente dos nossos alimentos.

3- a exposição a múltiplos produtos químicos .

Nossos genes, se constituíram há muitas centenas de milhares de anos, na época em que éramos caçadores e colhedores.

Hoje, como ontem, nossa fisiologia espera uma alimentação semelhante à que tínhamos quando comíamos os produtos da caça e da colheita:

Muitos legumes e frutas, de tempos em tempos algumas carnes ou ovos de animais silvestres é muito pouco açúcar (mel). ” ANTICANCER – David Servan-Schreiber

Acontece, que todos nós temos um câncer adormecido dentro nós, pois explicando de uma maneira bem simples, câncer é uma célula defeituosa que por uma mutação genética passou a se multiplicar indiscriminadamente.

Mas nosso organismo, possui instrumentos para conter e matar essas células defeituosas. No entanto, nosso corpo está perdendo a habilidade de se auto-curar. Por que?

Infelizmente, estamos vivendo em um planeta doente e estamos colhendo os frutos de uma alimentação de má qualidade cheia de agrotóxicos, hormônios nas carnes, peixes contaminados por metais pesado.

Comemos muito açúcar, farinha refinada. Sem contar o stress, que diminui a eficácia do nosso sistema imunológico.

Então, se pensarmos como o Dr. PHD, que em se tratando de um câncer, não exercemos nenhuma influência, na nossa saúde ,vamos todos cruzar os dedos e rezar para que a doença não ” caia em nossas cabeças” .

E muito cá entre nós, esse comportamento é excelente para a milionária indústria farmacêutica!

E quanto à mim, não me restaria nada a fazer, a não ser me resignar por ter descoberto o câncer a tempo de tratá-lo.

Mas, afirmo por experiência própria, que se a prática de exercícios físicos não me livrou de um câncer, certamente está me ajudando a passar por ele com muito mais qualidade de vida.

E além disso, tenho cuidado cada vez mais da minha alimentação, porque percebo a cada dia, que apesar da pancada tóxica que o meu organismo tem recebido com cada sessão de quimioterapia, ele se recupera mais rápido  e os efeitos colaterais têm sido cada vez mais brandos.

E é aí que entra a alimentação e estilo de vida!

“A experiência tem me mostrado que até condições mais irreconhecíveis e obscuras podem ser aliviadas quando o mecanismo de cura do corpo é restaurado.

As doenças não vem do nada, elas são desenvolvidas a partir de pequenos pecados cometidos diariamente contra a natureza. Quando pequenos pecados se acumulam, a doença de repente aparecerá”

Hipócrates

SEGUE UM RESUMO DO QUE FOI PUBLICADO SOBRE A CAUSA DO CÂNCER:

Alguns tipos de tecidos dão origem a câncer humanos de milhões de vezes mais do que outros tipos de tecidos.

Embora isso tenha sido reconhecido há mais de um século, nunca foi explicado.

Aqui, nós mostramos que o risco de vida de câncer de muitos tipos diferentes é fortemente correlacionada (0,81), com o número total de divisões das células normais auto-renovação manutenção da homeostase desse tecido.

Estes resultados sugerem que apenas um terço da variação no risco de câncer entre os tecidos é atribuível a fatores ambientais ou de predisposições herdadas.

A maioria é devido a “má sorte”, isto é, mutações aleatórias que surgem durante a replicação do DNA em células-tronco, não cancerosas normais.

Isto é importante não só para a compreensão da doença, mas também para a concepção de estratégias destinadas a limitar a mortalidade que causa

FONTE:

VARIATION IN CANCER RISK AMONG TISSUES CAN BE EXPLAINED BY THE NUMBER OF STEM CELL DIVISIONS
Some tissue types give rise to human cancers millions of times more often than other tissue types. Although this has been recognized for more than a century, it has never been explained.

Here, we show that the lifetime risk of cancers of many different types is strongly correlated (0.81) with the total number of divisions of the normal self-renewing cells maintaining that tissue’s homeostasis.

These results suggest that only a third of the variation in cancer risk among tissues is attributable to environmental factors or inherited predispositions. The majority is due to “bad luck,” that is, random mutations arising during DNA replication in normal, noncancerous stem cells.

This is important not only for understanding the disease but also for designing strategies to limit the mortality it causes.
Science 2 January 2015: Vol. 347 no. 6217 pp. 78-81DOI:10.1126/science.1260825



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