Taxol na veia – O que você precisa saber sobre os efeitos colaterais da quimioterapia branca

Muitas pessoas, especialmente as amigas de destino, têm me perguntado sobre os efeitos colaterais do taxol.

mulher sendo preparada para receber infusão de taxol no braço

Costumo dizer que os efeitos colaterais da quimioterapia branca, são muito pessoais mas existem alguns que são comuns a todos que fazem.

Porém, para todo o problema sempre há uma solução.

Então, fui administrando cada efeito colateral da melhor maneira possível, visando o máximo de qualidade de vida durante o tratamento.

Afinal, no meu protocolo, além dos 4 ciclos da quimioterapia vermelha, fiz 12 ciclos de taxol semanais (três meses de tratamento só com essa droga).

Não precisamos parar a vida enquanto estamos em tratamento.

Até por que a quimioterapia branca debilita bem menos que a vermelha.

 

EFEITOS COLATERAIS MAIS COMUNS DO TAXOL

 
Não se assuste com esse vídeo. Sou eu sob efeito do Taxol.
 
No dia que tomava essa quimioterapia me sentia  ligada no 220v.
 
Mas não era só agitação, ficava eufórica mesmo.
 
Ficava  tagarela. Cantava o dia todo…
 
E mal… ( risos)
 
Brincadeiras à parte, o  taxol é uma droga altamente tóxica.
 
E ele arde mais que a quimioterapia vermelha quando entra na corrente sanguínea, especialmente porque não usei cateter.

Então, o meu TOP enfermeiro Anderson, que acertava sempre as minhas veias de primeira, colocava o taxol para correr junto com soro. O soro “dilui” o taxol, e por conta disso, diminui bastante a ardência e queimação.

Eu gravei recentemente esse vídeo no meu canal do YouTube para responder as dúvidas mais frequentes sobre o taxol. 

 

Dicas para amenizar os efeitos colaterais do Taxol 

Outra dica que eu dou para amenizar os efeitos colaterais causado pelo uso do taxol, é beber muuuuuuuuuuita água no dia da quimioterapia.

Porque já durante o ciclo, uns trinta minutos depois que o taxol começa a circular na corrente sanguínea, a boca seca e a garganta também.

Eu chegava a ter um pigarro, às vezes uma tosse seca que não tem água que hidrate.

Comecei a observar  que quando bebia mais água pela manhã, esse incômodo era menor durante a quimioterapia.

Aliás, a água é uma excelente aliada para ajudar a reduzir os efeitos colaterais de todas as quimioterapias.
Eu bebia  pelo menos quatro litros por dia, desde que comecei o tratamento.
 
E esse é um hábito adquirido que consegui levar comigo mesmo depois do tratamento.
 
O meu cabelo e pele agradecem…

Durante a quimio, os corticóides que eles aplicam contra enjôos e reações alérgicas também  me deixavam meio doidona… 

A visão ficava meio embaçada, ficava grogue e até para falar tinha dificuldade.

Parecia que tinha ido ao dentista e tomado uma anestesia cavalar.

Também sentia um sono absurdo e quase sempre dormia durante o ciclo, que levava em torno de duas a três horas.
 
É bom que a “sofrência” passava mais rápido.
 
Quando chegava em casa, tinha uma fome de leão e comia horrores mesmo sem sentir o paladar dos alimentos.
 
E depois de comer feito gente grande, continuava com fome. Afff!!!!!

Em compensação, depois que o efeito dos corticoides passava, ficava agitada e não conseguia dormir.

O meu onco me receitou um remedinho tarja preta.
 
Mas não quis tomar, já são tantas drogas que meu organismo estava recebendo, que tentei ao máximo, não intoxicá-lo ainda mais.

Então preferi, tomar um suco de maracujá (da fruta) bem forte, com folha de alface e um chazinho para dar uma acalmada nos ânimos.

No começo ficava fritando na cama.
 
Depois, aprendi a não lutar  mais contra a falta de sono.
 
Aproveitava para ler um bom livro ou escrever.
 
Dois hábitos que eu havia perdido e readquiri desde que comecei o tratamento.
 
Nesse período, eu  também comecei a meditar e isso também me ajudou muito!

Então, nos dois primeiros dias eu ficava extremamente agitada.

Mas dois ou três dias depois, vinha a rebordosa:

Dores nas articulações, especialmente joelhos e tornozelos.
 
Meus pés e mãos ficavam dormentes (a tal da neuropatia periférica).
 
E tinha muita  urticária (coceira nas mãos, pés e braços).
 
E se não tomasse um anti-alérgico  me coçava tanto que ficava cheia de calombos, como se tivesse sido atacada por uma nuvem de mosquitos.

Mas todos esses efeitos dão para administrar com remédio.

Embora, eu evitasse ao máximo, porque ficava muito lerda com os antialérgicos e remédio para a dor, que eram muito fortes.

A prática de atividade física, até mesmo uma simples caminhada ajudava a amenizar as dores e o inchaço, que de todos os efeitos era o que menos incomodava.

Outra coisa chata é a mudança de humor.

Durante os ciclos do taxol eu me sentia meio bipolar.

Depois dessa euforia, ficava meio “deprê”, um pouco melancólica.
 
Parecia que estava na TPM.
 
O problema é que ficava assim semanalmente… Risos.
 
Essa instabilidade emocional é realmente mais complicada de administrar.
 
Mas o importante é saber que quando o tratamento acabar, ela vai passar também .

A boa notícia é que os enjoos e a fadiga oncológica que eram os efeitos colaterais mais fortes que sentia na quimioterapia vermelha não existem mais.

Voltei até a fazer SUP (stand up paddle).
 
Então no mais, dentro do possível, vida normal.
 
 
taxol
 

* Lembre-se que você não precisa passar por isso sozinha.

Se estiver muito difícil pra você busque ajuda, procure uma terapia, um grupo de apoio.

Eu tenho um programa On Line  chamado“Estou com Câncer e agora?” .

Esse é o primeiro programa de acompanhamento on line desenvolvido especialmente para pessoas que estão enfrentando o Câncer.

Onde  já tive a oportunidade de ajudar de perto centenas de mulheres que passaram e estão passando pela mesma situação que você.

O programa vai ser seu guia nesse processo de retomada do seu equilíbrio emocional e vai te dar as ferramentas para que você possa lidar com as dificuldades com mais consciência, determinação e autoconfiança.

Vamos juntas!


 

 

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