Confesso que AC (antes do câncer), nunca tinha ouvido falar do cúrcuma, embora adorasse comidas temperadas com curry.
Mas durante o tratamento, a Tati, chef de cozinha do restaurante orgânico “.ORG “, me apresentou o cúrcuma e me orientou a comer sempre.
Gostei do sabor e adotei na minha dieta anticâncer. Compro sempre na feira orgânica.
Para quem, como eu, nunca havia ouvido nada a respeito: O açafrão-da-terra (Cúrcuma longa), conhecido também como cúrcuma, turmérico, açafrão-da-índia, açafroa e gengibre amarelo, é uma planta herbácea da família do gengibre (Zingiberaceae), originária da Ásia (Índia e Indonésia).
Dela se obtém uma especiaria homônima que é o principal componente do tempero pó de curry. Sua característica principal é a forte cor amarela que transfere aos alimentos.
Mas atenção apesar da cor, o cúrcuma não tem nada haver com o açafrão verdadeiro. Se o cúrcuma vem das raízes da planta, o açafrão vem de outra parte totalmente diferente: do pistilo das flores da Crocus sativus, originária da Grécia e do Sudeste da Ásia.
Essa raíz tem sido utilizada na medicina ayurvédica, medicina tradicional da Índia, por mais de 6000 anos. Além disso, os indianos consomem em média 1,5 grama a 2 gramas por dia.
A raiz de cúrcuma origina um pó amarelo que é o principal condimento do curry. Nenhum outro ingrediente nutricional é tão poderosamente anti-inflamatório que o pó poderoso dessa raiz.
A principal molécula responsável por esse efeito é a curcumina. Em laboratório, ela inibe o crescimento de um número muito grande de cânceres: cólon, próstata, pulmão, fígado, estômago, mama, ovário, leucemia.
Não é, portanto, surpreendente que em idade idêntica os indianos tenham 8 vezes menos câncer de pulmão que os ocidentais, 9 vezes menos câncer de cólon, 5 vezes menos câncer de mama, 10 vezes menos câncer de rim e 50 vezes menos câncer de próstata!
E isso apesar de uma exposição a múltiplos cancerígenos presentes no meio ambiente, numa escala provavelmente pior do que no Ocidente.
Mas atenção, consumir o cúrcuma isoladamente, reduz em muito a eficácia do alimento. Essa raiz ilustra magnificamente o papel das grandes tradições culinárias.
Em Taiwan, os pesquisadores que tentaram tratar tumores com o cúrcuma em cápsulas perceberam que ele era extremamente mal absorvido. De fato, quando não é misturado à pimenta ou ao gengibre – como sempre esteve no curry – o cúrcuma não passa a barreira intestinal.
A pimenta multiplica por 2000 a absorção do cúrcuma pelo organismo. A sabedoria indiana, portanto, adiantou-se bastante em relação à ciência na descoberta das sinergias naturais entre os alimentos.
Uma dica para consumo diário do cúrcuma é acrescentar um pedaço da raiz aos sucos, juntamente com o gengibre.
Todo dia pela manhã preparo o meu suco revigorante favorito, carinhosamente apelidado de “levanta defunto (Couve, Cenoura, Beterraba, Laranja, Maçã, Gengibre, Cúrcuma).
Também uso como tempero na salada a versão em pó, juntamente com pimenta do reino também em pó .
Além do câncer, existem inúmeros estudos que demonstram que essa poderosa raiz é responsável pela diminuição da inflamação.
E consequente é extremamente benéfica, em casos de artrite reumatoide, osteoartrite, Alzheimer, inflamação de vias respiratórias, diabetes, modulação da inflamação no tecido adiposo.
Fonte: livro ANTICÂNCER