Será que Fisioterapia para pacientes de câncer de mama que são submetidas à Mastectomia é válida?
Nesse Post, irei compartilhar a minha experiência e meus resultados após ter feito uma Mastectomia Radical com reconstrução imediata e esvaziamento axilar.
Quando cheguei na Clínica JACKELINE FIGUEIREDO , para conversar com a Jackie, fisioterapeuta responsável pelo estabelecimento, e saber se ela já havia tratado algum paciente oncológico, estava em um estado deplorável.
Tinha chegado da Alemanha há duas semanas ( sim fui diagnosticada lá na Alemanha, e decidi fazer minha cirurgia lá) . Você pode conhecer a minha história AQUI.
Durante todo esse período (quase um mês), após a Mastectomia, não estava fazendo nenhum tipo de movimento com o meu braço e ombro.
E me explicou que era muito comum mulheres submetidas à mastectomia terem os movimentos dessa parte do corpo reduzidos.
Conheço a Jackie há uns 14 anos, mas com o corre-corre do dia a dia, perdemos um pouco o contato. Mas DC (depois do câncer), tenho tido algumas gratas surpresas na minha vida e posso dizer que a Jackie é uma delas…
Quando cheguei para a primeira sessão de fisioterapia, só mexia o ante-braço que fiz o esvaziamento axilar.
Era exatamente essa a sensação que eu tinha, só que no peito! Parecia que a minha prótese estava se contraindo junto com o peito.
Vale lembrar que, por conta do esvaziamento axilar, não tenho mais os linfonodos responsáveis pela drenagem linfática desta área. Por isso, a retenção de líquidos, que é muito comum durante a quimioterapia, tornou-se maior nessa área.
Já na primeira sessão, a Jackie meteu a mãozona no meu peito e rodou a minha prótese 10 vezes para um lado e 10 para outro. Quase morri do coração!
Como tenho intimidade, perguntei:
-Meu Deus Jackie! Você não vai deslocar a minha prótese do lugar?
Morria de medo que isso acontecesse e um dia acordasse com a prótese no pescoço…rs.
Criei esse medo bobo, porque o médico da Alemanha, no PÓS cirúrgico, me falou pra eu não fazer esforço porque a prótese poderia se deslocar e subir e aí eu teria que operar de novo.
Então , ela me passou esse exercício e vários outros, para eu fazer em casa.
Percebi então que , muito da falta de mobilidade, era medo mesmo.
Quase não tocava no seio operado, tinha medo da prótese sair do lugar ou encapsular e eu ter que operar de novo…
Segundo ela, tinha que esgarçar a minha cicatriz, pois com a mastectomia, tive músculos cortados e eles estão encurtados. E esse processo de “esgarçar” a minha cicatriz era sofrido, mas recompensador.
Me lembro da primeira vez que consegui levantar o braço e bater palma por cima da cabeça, fiz a maior festa!
Porque tinha muita retenção de líquidos e por conta disso o meu e peito e costas inchavam. E isso limitava um pouco o movimento.
Mas durante o tratamento fiz até natação! Enfim, com o meu esforço e o apoio da minha mega-ultra -power amiga/fisioterapeuta Jackeline Figueiredo, fiquei cada dia melhor!
Escolhi essa foto , que fiz em uma brincadeira, no dia que experimentei a minha peruca.
Porque levantar o braço direito como fiz para a pose, antes da fisioterapia , há um mês atrás, era totalmente impossível!
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